Como diagnosticar síndrome de Down durante a FIV?

Durante o processo de FIV, é possível examinar os embriões antes de serem implantados no útero da mãe para verificar a existência de doenças genéticas ou cromossômicas. Esse procedimento geralmente é realizado em casais que apresentam altas chances de gerar filhos com problemas como síndrome de Down, distrofia muscular, hemofilia e outras anomalias genéticas. É, também, realizado em casos nos quais a mulher tem mais de 40 anos, pois, a partir dessa idade, as chances de gerar filhos com anomalias são consideravelmente maiores que em mulheres com até 35 anos de idade.

A técnica de diagnóstico pré-implantacional, ou PGD da sigla em inglês, consiste na retirada de uma célula do embrião no seu terceiro dia de desenvolvimento para análise, antes de ele ser implantado no útero. O exame genético e cromossômico pré-implantacional pode ajudar casais que não conseguem engravidar, como os que apresentam repetidos abortamentos e os que têm histórico familiar de doenças hereditárias transmissíveis, e as taxas de sucesso são de 60% a 70%.

Porém, segundo o Dr. Evangelista Torquato, “esta técnica deve ser sempre avaliada e ponderada sob princípios éticos e legais, pois ainda hoje o descarte de embriões que têm chances de vida, mesmo com problemas genéticos, é bastante discutido pela medicina e pela ciência. Além disso, existe uma margem de erro de 10% nesse procedimento, já que o PDG identifica taxas de alterações cromossômicas, não considerando defeitos que podem aparecer durante a gestação ou mesmo após o parto, mesmo que menos comuns.”

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