Você já se perguntou se aquele velho ditado que diz que ‘casar com primo de primeiro grau pode gerar filhos com deficiência’ é verdadeiro? Esse tema, cercado de incertezas e preconceitos, passa de geração em geração sem que seja cientificamente esclarecido.
Uma pesquisa do Conselho Nacional da Sociedade de Genética dos Estados Unidos mostrou que o risco de um casal sem parentesco gerar filhos com doenças recessivas é de 3%, enquanto um casal com consaguinidade tem risco de quase 6%, o dobro. Ainda assim, as chances de o bebê nascer normal giram em torno de 94%.
É necessário saber, porém, que o risco aumenta entre parentes consanguíneos porque há maiores chances de ambos portarem alguns dos mesmos genes causadores de doenças, herdados de ancestrais comuns. Se o casal de primos já tiver tido um filho com alguma doença recessiva, as chances de um próximo bebê apresentar doenças desse tipo sobem para 25%.
O Dr. Evangelista Torquato recomenda que casais com consanguinidade procurem o aconselhamento genético, com o qual são feitos estudos na família e é levantado o risco real de aquele casal desenvolver alguma alteração no filho que será gerado. Se já houver histórico familiar de doenças genéticas graves, o risco aumenta e a recomendação é de fazer pelo menos um aconselhamento genético antes de tentar ter filhos.