Clínica Evangelista Torquato esclarece dúvidas sobre microcefalia

O aumento de casos de microcefalia no Brasil tem preocupado gestantes e mulheres que buscam engravidar. Segundo dados do Ministério da Saúde, até 2014, o país registrava menos de 200 casos por ano. Em 2015, já são 1.761 casos suspeitos em 422 municípios de 14 estados brasileiros, e 19 óbitos decorrentes da doença. Os números levaram o Ministério da Saúde a decretar emergência em saúde pública de importância nacional, ao tempo que fizeram circular nas redes sociais muitos boatos e informações desencontradas sobre a doença, gerando um sentimento de medo em gestantes e em mulheres que desejam engravidar.

A microcefalia é uma malformação em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. É caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao esperado para a idade e sexo e pode ser associada a malformações estruturais do cérebro da própria criança ou ter uma causa externa diversa.

Há indícios que relacionam o atual aumento dos casos de microcefalia à infecção por zika, devido à presença do vírus em um bebê acometido pela microcefalia e por sua presença no líquido amniótico de duas gestantes cujos filhos também são portadores da doença. No entanto, tratam-se de novos achados para a medicina, que ainda não foram suficientemente estudados para serem definidos como a causa da microcefalia.

De acordo com o Dr Evangelista Torquato, as suspeitas já justificam a adoção de medidas de prevenção à infecção por zika em gestantes e em mulheres que desejam engravidar, bem como a intensificação do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A associação da zika à microcefalia está sendo feita, no momento, por exclusão de outras causas da patologia, que no Brasil são geralmente a sífilis, a toxoplasmose, o citomegalovírus, o herpes, medicamentos ou tentativas de aborto.

“O que se está estabelecido agora é a necessidade de uma maior atenção às gestantes e as mulheres que desejam engravidar, seja na prevenção contra o vírus zika, seja intensificando os cuidados pré-natais”, ressalta Evangelista Torquato. Alguns repelentes são considerados seguros para mulheres grávidas, como icaridina, na concentração 20% a 25% (Exposis), e DEET(dietiltoluamida), na concentração de até 15% (OFF, Repelex). Além de repelentes, a recomendação é usar roupas mais compridas, não deixar água limpa acumular em casa, usar proteção durante a relação sexual e evitar contato com pessoas com algum dos sintomas da zika.

Para Evangelista Torquato, o momento é de cuidado, mas não significa que todos devem evitar uma gravidez. “As pessoas não vão deixar de engravidar, é preciso focar na prevenção e no combate ao mosquito. Em especial para o casal infértil, o tempo é um fator crucial. Para alguns pacientes, esperar significa tirar deles a chance de conceber uma criança. Cada caso precisa ser analisado individualmente”, ressalta o médico.

 

Recomendações para prevenir a Zika:

·         Mulheres que estão grávidas ou buscam a gravidez devem intensificar a proteção individual contra a picada do mosquito Aedes aegypti. O uso de mosquiteiro, ventilador, roupas compridas, telas de proteção e repelente são algumas dessas medidas.

 

Recomendações para acompanhamento da saúde materno-fetal

·         As gestantes devem iniciar o pré-natal ainda no 1º trimestre.

·         A ultrassonografia morfológica do 1º trimestre é de fundamental importância para o acompanhamento da saúde materno-fetal.

·         As famílias devem realizar o teste do pezinho, orelhinha e olhinho para detecção precoce de doenças nos primeiros dias de vida do bebê.

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