O desejo de não ter mais filhos faz com que uma quantidade, cada vez maior, de homens opte pela vasectomia, método contraceptivo considerado por especialistas como simples, seguro e eficaz. Com o avanço das técnicas de Medicina Reprodutiva, é possível reverter este quadro.
A reversão da vasectomia é um ato tecnicamente viável e possível. Se a reversão for feita três ou quatro anos depois da vasectomia, em 90% dos casos o espermograma é bom e, em 70% existe a chance de a mulher engravidar. A reversão consiste em um procedimento cirúrgico realizado através de uma pequena incisão da bolsa testicular. Com auxílio de microscópio, é feito o realinhamento do canal (deferente) ligado na vasectomia.
O paciente é anestesiado por meio de bloqueio raquidiano e tem alta no mesmo dia. As chances de gravidez múltipla diminuem e as de ocorrer uma concepção naturalmente aumentam.
A recuperação após a reversão de vasectomia deve ser tranquila. A dor após a cirurgia pode ser controlada com uso de analgésicos por via oral (tomados pela boca). A boa notícia é que as dores mais intensas, que necessitam de analgésicos, raramente duram mais que uma semana.
O índice de gravidez cai com o tempo de vasectomia. Dez anos depois de feito o processo cirúrgico, a probabilidade de gravidez oscila entre 30% e 40%. Entretanto, os casais podem contar com métodos modernos e avançados de reprodução assistida como bebês de proveta, fertilização in vitro, etc. Por meio deles é possível retirar um espermatozoide do testículo, introduzi-lo num óvulo colhido da esposa, criá-los em estufa, implantá-los no útero da mulher e obter a gravidez desejada.