Os órgãos sexuais femininos, por serem internos, têm natural propensão a infecções muitas vezes silenciosas, que podem comprometer a fertilidade feminina de modo irreversível.
Uma infecção grave pode danificar as Trompas de Falópio ou até mesmo bloqueá-las, fazendo com que percam a sua funcionalidade de levar os espermatozóides até o óvulo para fecundação. As infecções podem ser resultado de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), que nem sempre apresentam sintomas visíveis.
Um exemplo dessas doenças é a clamídia, uma DST bacteriana que pode danificar o órgão reprodutor feminino, sendo três em cada quatro mulheres portadoras da doença que pode causar infertilidade tubária.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a cada ano ocorrem em torno de 92 milhões de novos casos de clamídia no mundo. Porém, apenas um pequeno grupo é diagnosticado e tratado já que a doença é silenciosa e em 80% dos casos não há sintomas.
Se prevenir das DSTs e infecções tubárias não é tão fácil porque algumas bactérias estão se tornando resistentes aos antibióticos. Dados dos Centros de Controle de Doenças dos EUA mostram que a gonorreia, por exemplo, já tem certa resistência a penicilina e afins. Então, o melhor remédio ainda é a prevenção para que não haja nenhuma surpresa ruim, quando o casal decidir que é hora de um novo membro na família.