Por muito tempo, a pílula anticoncepcional foi considerada prejudicial à saúde das mulheres. Os médicos sempre recomendavam a fazer pausas entre alguns períodos de utilização para “limpar” o organismo dos efeitos nocivos dos hormônios. Porém, não há provas científicas de que seu uso prolongado possa interferir na fertilidade ou na saúde da mulher.
De fato, a pílula pode fazer o papel de protetora do sistema reprodutivo da mulher, uma vez que, quando usada por muitos anos, pode reduzir significativamente os sintomas da endometriose, uma das maiores causas de infertilidade feminina. Além disso, protege também contra o câncer de ovário e de colo de útero e evita a gravidez ectópica, quando o feto começa a se desenvolver fora do útero.
Porém, a pílula tem seus efeitos colaterais, pois se trata de um medicamento e só pode ser administrada a partir de recomendação médica. Por isso, quando a mulher para de tomá-la pensando em engravidar, deve saber que terá de esperar alguns meses para os efeitos do medicamento serem amenizados no organismo e seu corpo reagir naturalmente.
“O ideal é que, quando a mulher para de tomar a pílula para tentar engravidar, espere pelo menos 1 ciclo completo para sentir se seu corpo voltou a funcionar normalmente e para saber se e quando está ovulando. Claro que existem as exceções, mulheres que engravidam logo no primeiro mês após parar de tomar a pílula, mas em geral o organismo leva algum tempo para voltar às suas funções normais, tanto que é bem normal a menstruação atrasar no primeiro mês, o que não significa que a mulher conseguiu engravidar”, explica a Dra Claruza Lavor.
