O útero septado é uma malformação uterina que causa abortos e problemas no desenvolvimento do embrião, além de trazer consequências como a infertilidade. Atinge 1,8% das mulheres em todo o mundo. Caracteriza-se por uma “parede” que divide a cavidade intrauterina, limitando o espaço para o crescimento do bebê. Essa morfologia irregular do útero leva à perda do embrião em cerca de 60% dos casos e causa o parto prematuro em 33% das gestantes com esse perfil.
A alteração se manifesta quando a mulher ainda é um embrião no útero de sua mãe. Na fase adulta, ela apresenta dificuldade de engravidar. Exames como ultrassonografia transvaginal, ressonância nuclear magnética e laparoscopia podem identificar o problema, capaz de ser corrigido através de uma intervenção cirúrgica chamada metroplastia ou septoplastia. O procedimento diminui as taxas de aborto em até 5,9% dos casos e aumenta as chances de concepção em até 80% deles.
A mulher diagnosticada com essa alteração deve passar por mais exames que permitam avaliar outros fatores que possam levar à infertilidade. No caso de o útero septado ser descoberto por um médico especialista em reprodução assistida, os exames serão multilaterais, incluindo também exames sobre as funções reprodutivas do homem. O médico indicará quais passos deverão ser tomados, a partir do diagnóstico do casal.
