Quais as possibilidades de engravidar após a laqueadura tubária?

Mulheres podem reverter o procedimento ou recorrer às técnicas de reprodução assistida para serem mães novamente

A laqueadura tubária é um método voluntário de esterilização para mulheres que não desejam mais engravidar. Realizada por um ginecologista, é uma cirurgia que promove a obstrução das tubas uterinas, impedindo a fecundação.

O Brasil tem um dos maiores índices de laqueadura do mundo e muitas mulheres acabam se arrependendo dessa decisão e procuram as clínicas de reprodução humana em busca de alternativas para terem filhos novamente.

A boa notícia para essas mulheres é que é possível reverter o procedimento ou recorrer às técnicas de reprodução assistida para serem mães novamente, desde que alguns fatores sejam analisados, como a faixa etária da paciente, condições atuais das tubas uterinas e a localização do corte realizado no procedimento anterior. Quer saber mais? Continue a leitura e confira!

Reversão da laqueadura

A reconstituição das trompas por meio da reversão da laqueadura tubária é indicada para as mulheres que desejam serem mães novamente, principalmente se tiverem menos de 35 anos e nenhum outro fator que cause infertilidade, sejam esses fatores femininos ou masculinos.

Trata-se de uma cirurgia um pouco complexa, que religa as trompas por meio de sutura e retira a cicatriz deixada pela laqueadura. É realizada por laparoscopia, na qual são feitos pequenos cortes para a introdução de alguns instrumentos, além de uma microcâmera que auxiliará no procedimento.

O sucesso dependerá de alguns fatores, como a preservação e a dilatação das tubas após a laqueadura. Além disso, a recuperação da fertilidade só será confirmará após 30 dias, com a certificação do ciclo menstrual completo. Apesar de as chances de gravidez serem reduzidas em até 20%, as pacientes que passarem por esse processo poderão engravidar em até 12 meses.

Fertilização in vitro

Devido ao fato de a reversão da laqueadura ser um procedimento invasivo, uma opção atrativa e segura para as mulheres que desejam engravidar é a realização da fertilização in vitro (FIV), um método muito mais eficiente que o anterior.

Nele, a ovulação da mulher é induzida por medicamentos. Depois, o óvulo maduro é retirado e unido ao espermatozoide de maneira laboratorial. Após a fertilização, um ou mais embriões são transferidos para o útero da paciente, desde que existam condições ideais para isso.

Riscos de falha

Na cirurgia de reversão da laqueadura, por mais que as trompas tenham sido reconstituídas, não recuperam totalmente a sua função. Por isso, há o risco de gestação ectópica, que ocorre nas tubas uterinas e costuma ser interrompida entre 6 e 12 semanas após a fecundação.

Já na FIV, os riscos de falha são menos comum e, quando acontecem, geralmente são provocados por fatores associados à idade da mulher, qualidade embrionária, fatores imunológicos, causas genéticas, entre outras.

Por fim, é importante enfatizar que, para que uma mulher engravide depois de uma laqueadura tubária, a escolha por um dos métodos apresentados nesse artigo deve ser feita com o auxílio de um médico especialista em reprodução assistida. Afinal, só ele conseguirá avaliar os fatores e características particulares de cada paciente.

Agora você já sabe que a laqueadura tubária pode ser revertida e que as técnicas de reprodução assitida podem possibilita que muitas mulheres se tornem mamães novamente! Quer mais informações sobre medicina reprodutiva? Então, aproveite e entre em contato com a nossa equipe!

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2 respostas

    1. Em linhas gerais, existem dois caminhos: a reversão da laqueadura ou a fertilização in vitro. A indicação do melhor tratamento depende de muitos fatores como o tempo e o modo que foi feita a cirurgia de laqueadura (em alguns casos não é possível reverter). A idade e a reserva ovariana da paciente (em alguns casos não há tempo para esperar o tratamento de reversão) e se existe outro fator que possa dificultar a gravidez (tanto em você, como no seu parceiro), por exemplo. Tudo isso é analisado pelo médico com o casal na consulta de avaliação e nos exames que ele pede, para garantir as melhores chances de gravidez.

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